quarta-feira, 31 de maio de 2017

Minicursos




VAGAS ESGOTADAS PARA O MC-01
MC-01: História, cidade e manifestações de rua no tempo presente.
Profa. Dra. Cláudia Cristina da Silva Fontineles (UFPI)
Prof. Sthênio de Sousa Everton (Mestrando UFPI)

O presente minicurso objetiva ser um espaço de diálogo que privilegie os estudos entorno das manifestações de rua, que eclodiram pelo Brasil nas primeiras décadas do século XXI e que tiveram como pano de fundo, a luta por melhorias urbanas. Estas, como resultados direto da problemática urbana do presente, possibilitaram que diferentes sujeitos políticos, novas práticas e metodologias de organização e ação, emergissem nas ruas brasileiras. Como exemplo prático dessas manifestações destacaremos aquelas que aconteceram em Teresina em 2011 e 2012 que ficaram popularmente conhecidas como “#ContraoAumento”, como também as que  aconteceram em outras capitais brasileiras entre 2013 e 2015, conhecidas como “jornadas de junho”.  Ambas começaram na reivindicação da qualidade do sistema de transportes coletivos, e a diminuição da tarifa dos ônibus, porém seguiram rumos diferentes. Assim, nosso intuito será o de considerar essas manifestações tendo como ponto de partida a “questão urbana”, e prosseguir na relação das manifestações com o campo político atual, e assim contribuir para uma historiografia que privilegie o presente como objeto de estudo.

VAGAS ESGOTADAS PARA O MC-02
MC-02: Tempo de lembrar: memória e oralidade.
Prof. Me. José de Arimatéa Freitas Aguiar Júnior (CEAD – UFPI)

Neste minicurso abordaremos alguns estudos sobre memória e suas matrizes teóricas e metodológicas no campo historiográfico. Dialogaremos com teóricos que analisam os percursos que a memória encontrou na oficina do historiador, análises que passam pela memória coletiva, memória individual, memórias subterrâneas, enquadramento da memória, sua relação com a identidade, esquecimento, entre outras conexões. Quanto à oralidade, discutiremos como aplicar a metodologia/técnica da história oral em pesquisas, escolha dos entrevistados, tipos de entrevistas, roteiros, gravação, tratamento do acervo e a ética em história oral. O minicurso tem a intenção de possibilitar aos alunos subsídios teóricos e práticos para o desenvolvimento de seus estudos e pesquisas.

VAGAS ESGOTADAS PARA O MC-03
MC-03: Ver, ouvir e historiar o sagrado: o uso das fontes orais no estudo das religiões e das religiosidades.
Profa. Ma. Sabrina Verônica Gonçalves Lima (UESPI)

O presente minicurso tem como objetivo traçar caminhos e possibilidades para o uso das fontes orais nos estudos das religiões e religiosidades. Possibilitando assim um espaço de troca de experiência, atualização e problematizações conjunta sobre as formas de perceber, analisar e compreender os fenômenos religiosos. Assim, pretendemos reunir estudantes e profissionais se interessam pela temática e metodologia, vamos apontar de que forma as fontes orais se constituem como instrumento de acesso às diversas concepções e relações com o sagrado contribuir para a ampliação desse campo de estudo no Piauí.


MC-04: Gênero, Saúde e Assistência: a discussão materno-infantil na história
Profa. Dra. Joseanne Zingleara Soares Marinho (UESPI)
Profa Ma. Lívia Suelen Sousa Moraes Meneses (UESPI)

Assistir, cuidar, amparar e prover a saúde são ações relacionadas histórica e culturalmente às definições e performances de gênero. Em todas as sociedades e em diferentes temporalidades os cuidados são necessários para a preservação da vida, tanto em escalas cotidianas e privadas, quanto na elaboração e organização de políticas públicas nacionais, especialmente na área da saúde ou de projetos filantrópicos. Este minicurso se propõe a ser um espaço de discussão e reflexão sobre a relação entre gênero, saúde e assistência no campo historiográfico, com foco na temática materno-infantil. Aborda-se as dimensões históricas, culturais e políticas das práticas, dos saberes, das representações e das identidades que se configuram neste campo da assistência à saúde materno-infantil e sua interface com a subjetivação de papéis femininos e masculinos. Entende-se que os campos se estruturam a partir das relações de aliança e/ou conflito entre seus diferentes agentes que lutam pela posse de determinadas formas específicas de capital simbólico. As hierarquias, no interior de cada campo, se estabelecem pela maior ou menor detenção, pelos agentes, dessas formas específicas de capital. Lutas e estratégias assumem características específicas relativas à disputa pelo capital em jogo, estando inseridas no espaço em que os agentes ocupam no campo (BOURDIEU, 1989, 2003). Portanto, discutir a criação de um campo de saúde materno-infantil nos leva a uma reflexão tangencial a respeito de gênero, cuidados e assistência na configuração de profissões, de saberes e de intervenções políticas e institucionais.



MC-05: História Agrária no Brasil: temáticas e desafios
Prof. Esp. Lia Monnielli Feitosa Costa (Mestranda UFC)
Prof. Marcelo Aleff de Oliveira Vieira
Prof. Lucas Ramyro Gomes de Brito

O presente minicurso tem como objetivo promover o conhecimento de algumas contribuições para história social do campesinato no Brasil, destacando alguns eixos norteadores da historiografia que ajude a pensar novas questões. A partir da análise dessas contribuições, mergulhamos em pesquisas direcionadas para entender os mais diversos aspectos da condição camponesa: sua produção/reprodução, estratégias de luta e sobrevivência, modos de vida e sociabilidades, acompanhando trajetórias onde se desnudam experiências como elementos mais importantes, em detrimento à primazia do econômico estabelecida como cânone durante anos por estudos direcionados ao campo. Em meio a mais um debate atual acerca da questão agrária e da “vocação agrícola do país” com a expansão do agronegócio, propomos este minicurso também para lançar o desafio de novas temáticas que contribuam com o perscrutar de vários “brasis rurais” esquecidos.


MC-06: História da Polícia no Piauí: análise e perspectivas atuais
Prof. Marcelo Cardoso (Mestrando UFPI)
Prof. Dr. Johny Santana de Araújo (UFPI)

Antes dos anos 1960, o tema da história da polícia no Brasil era tratado quase exclusivamente por uma historiografia oficial produzida por antigos policiais (BRETAS; ROSEMBERG, 2013. p. 1). A partir daí as agitações raciais e estudantis apresentaram elementos que contribuíram para fazer o tema, polícia, sair do ineditismo para ter uma visibilidade e despertar o interesse da academia. Hoje há um avanço na problematização das questões que envolvem a história da polícia no Brasil. Esses efeitos são observados por meio de um maior número de dissertações, teses e artigos produzidos mostrando a potencialidade do campo em despertar novos pesquisadores, promovendo novos questionamentos. A proposta do minicurso “História da Polícia no Piauí: análise e perspectivas atuais” se justifica na necessidade de verificar a situação da produção no Estado e avaliar sua potencialidade para a historiografia do Piauí e Brasil. Os objetivos pretendidos com a proposta são: estudar como tem sido produzido a historiografia sobre a polícia no Brasil; verificar a produção acerca da história da polícia no Piauí; refletir acerca das fontes e da metodologia para produção de uma história da polícia hoje.


MC-07: A NAÇÃO, O EXÉRCITO E O CIDADÃO: a experiência do serviço militar na sociedade brasileira da segunda metade do século XIX à primeira metade do século XX
Profa. Ma. Clarice Helena Santiago Lira (UESPI/UFSM)
Prof. Me. Elton Larry Valério (IFPI)

Este minicurso tem como objetivo discutir o estado da arte sobre a história do exército brasileiro dando ênfase aos estudos que tratam das experiências de recrutamento acontecidas na segunda metade do século XIX e primeira metade do século XX e sua relação com as ideias de Nação e cidadania que circulavam nos períodos citados. Para isso, as análises estarão baseadas na perspectiva da Nova História Política, por consideramos que a operacionalização do serviço militar se articula a um modelo de sociedade e de cidadão que o Estado Brasileiro, mediado por instituições como o Exército, intencionava implantar. De acordo com René Rémond (2003, p. 26), essa Nova História Política “[...] preenche todos os requisitos necessários para ser reabilitada”, porque passou a se ocupar, entre outros aspectos, com o estudo da participação das massas na vida política, integrando à cena histórica todos os atores sociais, inclusive os mais modestos. É importante ressaltar que ao trabalhar com a história do exército brasileiro, também estaremos nos referenciando na perspectiva da Nova História Militar, fruto de um amplo debate de historiadores que estudam as instituições militares e sua relação com a sociedade, afastando-se da perspectiva de história militar tradicional que estudava as batalhas e os “heróis militares”.


MC-08: Do individual ao coletivo: direitos humanos e cidadania
Prof. Esp. Cássio Fran Nunes Lima (UESPI)
Prof. Lívia Beatriz da Silva Alencar


O que é cidadania? O que são os Direitos Humanos? O que é ser cidadão? Será que em pleno século XXI cabe discutir sobre essas questões ou, por acaso, já são temas ultrapassados? Recentemente temos percebido no Brasil e ao redor do mundo diversos movimentos e acontecimentos que contrariam a lógica presente nesses Direitos, fazendo com que reflitamos sobre esses questionamentos e sua utilidade na nossa sociedade atual. Dessa forma, a cidadania será apresentada nesse minicurso enquanto um processo histórico, suas origens e transformações ao longo do tempo, bem como sua conquista e ampliação no Ocidente a partir das lutas sociais. Além disso, buscar-se-á compreender também o surgimento dos Direitos Humanos e sua relevância para o contexto social no qual estamos inseridos. Sendo assim, propõe-se o conhecimento dos temas sugeridos para um melhor entendimento de nossa sociedade. No que concerne a nossa realidade social, a Constituição Federal de 1988 da República Federativa do Brasil tem um forte apelo social, garantindo direitos individuais e coletivos que teoricamente dariam condições de uma vida digna a todas as pessoas domiciliadas em território brasileiro. Isto se constata quando se analisa de forma pormenorizada o Capítulo I da Carta Magna, em especial o Artigo 5º, mas, quando se utiliza a primazia da realidade para melhor avaliar como a dignidade está sendo oferecida às pessoas em território brasileiro, percebe-se que o Estado tem feito pouco para garanti-la conforme normatizada através das várias legislações existentes. Por isso ressalta-se a importância dessa discussão no meio acadêmico e pedagógico, como forma de ampliar o debate acerca das temáticas.



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